Banal

Corpo quente, coração frio
Sexo sem sentimento tumultuado o vazio
Sem sentido, sem vergonha, sem brio
Feito chuva em pleno janeiro no Rio 
Animal feito bicho com fome
Racional, como o desejo é do homem
O pensamento alimenta a vontade 
Inflama o tesão, feito gato no cio
Que sem aviso vem e depois vai 
Tão só, tão rápido, tão vil
Tão preciso, tão fugaz
Tão banal quanto um cobertor numa tarde de frio


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