Rubro

Oscilo do ódio ao amor, 
da paixão a dor num segundo
Eu sou intenso do primeiro raio do dia ao último 
Eu fervo e falo mesmo com essa sua cara de puto 
Eu xingo, grito e retruco 
Eu choro, eu reclamo, eu surto
Eu não ligo para os seus múrmuros
Eu não fico em cima do muro
Nem você, porque eu te empurro
Eu te levanto e eu mesmo derrubo
Eu sou seu anjo caindo em queda livre no mundo 
de bermuda, camisa aberta e óculos escuros 
mas é na ponta da sua caneta 
que eu me garanto, que eu me seguro
Não sou santo, nem anjo
não sou o íncubos, nem súcubos 
Não sou branco, não sou negro
Não sou índigo, não sou cinza
Muito prazer, eu sou Rubro.

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